O termo gnóstico deriva da palavra grega “gnosis” que significa conhecimento. Não um mero conhecimento teórico e intelectual mas um conhecimento adquirido através de experiência pessoal directa. Ao contrário da maioria das religiões o gnosticismo encoraja os seus membros a terem as suas próprias experiências e percepções do Divino em vez de confiarem em meros dogmas. E neste sentido o gnosticismo tenta responder às seguintes perguntas eternas:
"Quem somos?
O que nos tornámos?
Onde estivemos?
Para onde fomos atirados?
Para onde nos dirigimos?
O que está realmente a ser liberto?
O que o nascimento realmente significa?
O que o renascimento realmente significa?"
Retirado dos textos de Theodoto
Poder-se-ia argumentar que para ter uma experiência em primeira mão do Divino (costumam ser de dois tipos, ou visões descritivas ou de união com o Divino) não é necessário ser gnóstico. Estariam absolutamente correctos mas haveria um grave problema nesse caso. A revelação Divina deve ser interpretada através de uma visão coerente que permita construir respostas às perguntas que estão acima. Ora é isso mesmo que a perspectiva gnóstica (o que poderia ser designado por componentes essenciais da “doutrina” gnóstica foi construído, ou pelo menos registado, durante os primeiros séculos antes de Cristo e posteriormente absorveu os elementos cristãos e mantém-se até aos dias de hoje) do mundo e da espiritualidade visa providenciar, uma ferramenta completa para a interpretação dessas experiências.
Como podemos ver por esta definição o que define o gnóstico não é a falta de referencial religioso mas sim a possibilidade de pegar nessa base, nesse património espiritual, e acrescentar a sua experiência pessoal, ao contrário de outras religiões o Gnosticismo não acredita que a Revelação seja algo do passado e estático.
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