terça-feira, 2 de setembro de 2008

Abraxas

"The bird struggles out of the egg. The egg is the world. Whoever wants to be born, must first destroy a world. The bird flies to God. That God's name is Abraxas" – Hermann hesse, Demian 1919
É um dos poucos símbolos artísticos gnósticos que sobreviveu aos séculos de repressão no Ocidente e no Oriente costuma aparecer em algumas pedras preciosas decorativas e em moedas e talismãs como figura evocativa do Infinito (algo platónico), do Universo, o seu funcionamento e o nosso lugar nele. Não é de forma alguma a representação de um “Deus” gnóstico ou qualquer outra coisa que possa ser interpretada de forma tão literal.

A cabeça de Galo incita-nos a acordar da ilusão onde temos estado imersos. As suas pernas são as serpentes da sabedoria antiga que ajudaram o Homem Primordial. A sua carroça o veiculo com o qual progredimos na nossa viagem de descoberta. Nas suas mãos trás os implementos da nossa busca, numa carrega o escudo da tradição e na outra o mangual do desafio e da procura. Um perfeito exemplo do mito gnóstico saído directamente de um reino de sonhos e visões de arquétipos Espirituais.