Através dos esforços dos mensageiros da Luz alguns indivíduos acordam e devotam o seu tempo e esforço à exploração das realidades espirituais tornando-se desta forma verdadeiros Gnósticos (aqueles que sabem, que possuem conhecimento) enquanto os outros continuam inevitavelmente presos a tudo o que é terreno. Isto tem frequentemente levantado acusações de elitismo por parte dos gnósticos, como se considerássemos o resto da Humanidade como desprezível. A realidade é bem diferente. Os gnósticos simplesmente reconhecem que existem diferenças entre os vários seres humanos e que alguns estão conscientes das realidades superiores enquanto outros permanecem ignorantes. E para demonstrar por acções a falsidade de tal acusação basta ver que religiões ou grupos religiosos cometeram inúmeras atrocidades em nome da sua fé – pessoalmente penso que o facto de o gnóstico ter experiência directa do Divino (gnose), enquadrada pelos elementos base do gnosticismo e pela prática religiosa, o torna confiante o suficiente para não ter que procurar confirmação fora de si próprio.
Uma outra acusação que surge com igual frequência é a de que os gnósticos tendem para o niilismo porque a sua visão demoniza o mundo. Mais uma vez a realidade é bastante diferente da acusação simplista e sem nuances que nos é lançada. De um ponto de vista pessoal o Gnosticismo não é niilista mas simplesmente encara o Espírito como intrinsecamente superior à matéria mas sempre defendendo que a gnose tem que ser atingida enquanto somos seres físicos – o suicídio, para dar um exemplo, é do nosso ponto de vista improdutivo pois a morte não conduz automaticamente à gnose levando apenas à reencarnação até que esta (gnose) seja atingida. De um ponto de vista mais sociológico a acusação de oposição à lei devido à sua natureza material é apenas verdade nos casos em que um código legal é apresentado sem uma argumentação explicativa. Para o gnóstico o importante é o raciocínio por detrás da lei, o estado de Espírito. Como conclusão poderíamos dizer que os gnósticos não odeiam o mundo em sim mas apenas as muitas (e inevitáveis) falhas que este possui e procuram salvação não na fé ou em instituições mas apenas na gnose, algo puramente espiritual e dependente de cada individuo.